Houve um tempo que Yelena Isinbayeva parecia disputar uma categoria a parte das demais. Entre 2004 e 2008, a russa foi duas vezes campeã olímpica e conquistou três títulos mundiais. De uns anos para cá, a história mudou. Quando a musa entra em ação, o lugar mais alto do pódio não é uma certeza absoluta, como comprova as Olimpíadas de Londres, em que terminou com o bronze. No fim do ano passado, Isinbayeva deu uma parada na vida esportiva para ter um filho. A brasileira Fabiana Murer acredita no retorno da adversária, mas diz que ela não é imbatível.
- Se ela disse que quer voltar, ela vai voltar. Mas eu acho que há muitas atletas que podem saltar bem. Antigamente, ela saltava cinco metros. Quando saltava mal fazia 4,80m e levava o ouro. Agora, são sete atletas em condição de pódio. Ela não é imbatível - disse a brasileira, em entrevista concedida em São Caetano, quando posou para fotógrafos com o troféu da Diamond League.
A filha de Isinbayeva nasceu no fim de junho e a atleta ainda não voltou aos treinos regulares. Fabiana usa o exemplo de Maurren Maggi para acreditar em um retorno em alto nível da russa.
- Existem muitas atletas que param um tempo, são mães e voltam. A Maurren é um exemplo disso. Teve uma filha e dois anos depois foi campeã em 2008 - disse Fabiana, se referindo ao título olímpico da compatriota no salto em distância.
Casada com seu treinador Elson Miranda, Fabiana não pensa em ter filhos até as Olimpíadas de 2016. Após os Jogos, terá 35 anos e não sabe se vai querer engravidar.
- Por enquanto não está nos planos. Algumas vezes eu quero ter filho, outras não. Eu vejo minhas amigas, mina irmã e penso que deve dar um baita trabalho. Mas ao mesmo tempo eu vejo e penso que quero ter. Depois de 2016 eu penso no que fazer da minha vida - disse Fabiana.
A próxima competição de Fabiana Murer será o Troféu Brasil de atletismo, mês que vem, em São Paulo.